29 de outubro de 2009

tired of this poem


Atribulada.
Estridente.
Irritada.
Descontente.
Envolvo-me em uma câmara de
Sentimentos flutuantes
E sinto submergir;
O ar falta, as bolhas
D’água estouram gentilmente
Em meu ouvido,
E ouço a melhor parte de mim
Calar-se num silêncio
Desesperador.

Por vezes tento nadar,
Mas é estreito demais;
Tantas outras tento subir,
Mas algo me puxa para trás.
Olho para cima e vejo pessoas
Passando com suas vidas em coleiras
E sinto as pálpebras pesarem,

 Desejando ter guelras
Para eternizar-me aqui:
Sufocante, agonizante, fluido;
Contudo, preferi-lo-ei
A emergir e ter certeza de que novamente
 Fugi

Do cotidiano, fútil e tributável
(caro Pessoa, isto também me arrasta);
Não quero máscaras de oxigênio
- a realidade para mim já basta.

Ergo-me à altura da dignidade,
Porém minha coluna transpõe
As hierarquias verticais
Que circundam a cidade
Sob a qual permanecerei.
Afogar-me-ei na superfície?
Jamais...

¿Quién eres tú?

Minha foto
Para mim, autenticidade é arte. Para tanto, precisa ser esculpida ao decorrer dos anos. A escrita pode ser considerada uma forma de revelar traços autênticos de valores e idéias que, gradualmente, se aperfeiçoa. :) "Authenticity is the degree to which one is true to one's own personality, spirit, or character, despite the pressures."